quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dia de eleição


Dia de eleição é um dia muito especial para o país e para os Estados. É o dia em que escolhemos as pessoas que irão nos governar pelos próximos quatro anos. É o dia em que elegemos nossos pequenos reis temporários, imperadores de ocasião.
Nenhum deles fará nenhum milagre e nem isso se deve esperar deles. São humanos, como qualquer um de nós, que carregarão consigo, para o governo, suas qualidades e também seus defeitos. Tuido o que têm de melhor e também tudo o que têm de pior.

Frutos do mar com os dias contados


Sem querer parecer ou me tornar um desses eco-chatos radicais, o fato é que a cada dia que passa acumulam-se os estudos científicos alertando sobre os danos causados aos diversos ecossistemas em razão da ocupação humana desordenada.
Já há, na prática, o que se poderia denominar uma unanimidade da parcela mais responsável da ciência sobre a efetividade do aquecimento global decorrente das emissões de gases pela atividade humana, que pode conduzir inclusive a uma nova era do gelo.

A ilusão das mudanças


Imagine-se viajando por um ano inteiro, sem possibilidade de receber qualquer notícia sobre os acontecimentos do mundo e do Brasil. O que você acha que aconteceria de importante durante sua ausência? Respondo: nada!
O Brasil continuaria no mesmo lugar, com a mesma política e os mesmos problemas de sempre.
Curiosa essa sensação que temos de que alguma coisa possa mudar significativamente com o tempo. Pura ilusão.

Daisy Marini, seu príncipes e suas ausências


Tempos atrás eu possuía um outro blog, chamado Marcio Comenta, que abandonei completamente. Como fiquei sabendo que ele será descontinuado a partir de 15 de novembro de 2011, quando todos os arquivos nele contidos serão eliminados, tentei salvar o máximo dos textos que lá escrevi. Estupidamente, não há backup. Meu arquivo era o próprio blog.
Postarei alguns deles aqui, como, aliás, já fiz com uns poucos, assim que lancei esse novo blog.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Alemanha ontem, Israel hoje



Todos temos conhecimento dos acontecimentos na Palestina.
Incrivelmente, existem o que insistem em negar veemente a verdade. Fazer o quê? São pessoas que ficam cegadas por conta de suas convicções, ainda que estas colidam com o sentimento de humanidade que certamente possuem.
O governo israelense pode matar milhares de palestinos, pode secar suas fontes de água, pode desligar a energia elétrica de um povo inteiro, pode construir muralhas, pode não respeitar o território da nação vizinha e construir condomínios em terras palestinas, pode bombardear casas e estabelecimentos civis, pode atacar um barco humanitário, pode contra-atacar de forma absolutamente desproporcional, matando inocentes, pode não reconhecer um país já aprovado pela ONU (somente ainda não reconhecido oficialmente), pode não obedecer a nenhuma resolução da ONU (nenhuma mesmo), pode possuir a bomba atômica, pode matar inimigos em território alheio, enfim, pode praticar qualquer barbaridade, que sempre encontrarão desculpas:

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A super-ética e a intolerância

Num texto publicado em grande blog da internet, uma pessoa, em tom indignado, narra a história de uma mulher que, aguardando atendimento num consultório médico, folheava uma revista quando, ao ver um vestido muito bonito, resolveu rasgar a página da revista a fim de guardar o modelo do vestido. Os comentários arrasavam a moça.
Parece que estamos muito exigentes com o comportamento alheio.
A pessoa rasga uma página de uma revista bolorenta de consultório e isso é o mote para falarmos sobre ética, moral, educação de crianças, as mazelas dos políticos, sobre e sobre e sobre... Caramba.

Liberdade e sonho

O que me perturba não é renunciar aos desejos impossíveis. A validade do desejo, que justifica lutar por alcançá-lo, está ancorada na obtenção do prazer sincero, que conduz à alegria e à felicidade. Desejos impossíveis, contudo, conduzem à inexorável frustração, que é o contrário do prazer.
Tampouco lamento abrir mão daquilo que possa ferir o alheio. O utilitarismo não pode justificar qualquer violência ao próximo.
O que de fato me incomoda é abandonar um desejo por qualquer coisa além de mim e aquém do outro. Pelo que pensa o rei ou pelo que sente o sacerdote, pela fala da fofoqueira ou pelo cacarejar dos moralistas.
Liberdade é mais do que uma calça jeans azul e desbotada. Liberdade é poder vestir essa calça e com ela perseguir os desejos mais loucos, ir para qualquer direção, qualquer orientação.

Porque liberdade é mais do que apenas sonhar, é também sentir a vibração de ser possível realizar.