quinta-feira, 5 de abril de 2012

Páscoa


A palavra páscoa, em suas origens grega e, posteriormente, hebraica, buscava exprimir uma festa de passagem.
Inicialmente, com as crenças pagãs, era a festa que comemorava a passagem do inverno para a primavera. Depois, com os judeus, exprimia a passagem da escravidão no Egito para a liberdade na Terra Prometida. Enfim, ante a coincidência da ressurreição de Jesus Cristo com a festividade judaica da Páscoa, a data passou, para os cristãos, a possuir essa simbologia que possui entre nós.
Não há dúvida, porém, que essas datas em princípio religiosas, como Páscoa e Natal, há muito extrapolaram os limites da mera religiosidade, assumindo a natureza provocadora de um momento de reunião íntima entre pessoas que se amam, com feição simultânea de festa de confraternização universal.
Essas festas, para além de toda crença, tornam-se importantes como momentos de renovação da amizade, da concessão de chance à empatia, de vermos o mundo sob os olhos do outro, de sermos amigos de toda a humanidade, de perdoarmos, de pedir perdão.
O chocolate veio muito depois, embora seja sempre bem-vindo.
Aproveitemos, então, essa passagem aberta entre nós e o outro para comemorarmos nossas amizades, tanto as que temos, como as que poderemos ter.

A tela: Claude Monet, Monet's Garden, the Irises, 1900.

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