sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um sistema econômico natural


Silvio Gesell (1862-1930) foi um comerciante alemão, teórico de economia, ativista social e anarquista, que propôs uma forma alternativa, utópica, de viver socialmente, que ele denominou de "economia natural" e que era diferente do comunismo idealizado por Marx, seu contemporâneo.
Segundo ele, o planeta Terra pertence a todas as pessoas, que são cidadãs do mundo e não apenas de seus países. Defendia que não havia distinção entre as pessoas por motivo de raça, gênero, classe, riqueza, religião e idade. Advogava o fim das fronteiras nacionais.
Gesell entendia que a economia encontrava fundamento no egoísmo humano, no fato das pessoas priorizarem seus auto-interesses, o que ele percebia como natural e salutar, pois é essa espécie de sentimento que põe as pessoas em ação, nelas incutindo a vontade de produzir para satisfação de seus desejos e necessidades. Sendo assim, todo e qualquer sistema econômico, para ser bem sucedido, deve levar em conta essa característica humana. Esse é o motivo de ter denominado o sistema por ele proposto de "economia natural" ou "economia de moeda livre".

domingo, 6 de janeiro de 2013

Direita e esquerda acabaram mesmo?


É cada vez mais frequente ouvir o mantra de que o socialismo está sepultado, que não há mais diferença entre direita e esquerda e que luta de classes cheira a naftalina. A repetição desse discurso, cultivado até o nível da exaustão pela indústria cultural, vem sempre apoiada em depoimentos de especialistas sérios e supostamente respeitados. Por conta disso, acaba se tornando um lugar-comum na boca de muitas pessoas do povo, inclusive os que possuem bom nível intelectual.
A prevalecer a tese de fim da dialética esquerda x direita, isso implica que, ao menos na opinião de seus defensores, desapareceu o fosso abissal que existia entre alguns milhares de pessoas que possuem cerca de oitenta porcento da riqueza mundial e os demais sete bilhões de pessoas que estão de posse do que resta, ou seja, dividindo vinte porcento da riqueza, bilhões delas em condições de miséria ou extrema pobreza, sem ter o que comer.

O radicalismo político no Facebook


Esse texto reproduz os comentários acerca de algo postado no Facebook. O título do post era "A tônica do lulismo é a manipulação de números" e era ilustrado pela imagem acima, do jornal O Globo. Eis os comentários:
"Facer 1 - Realmente, O Globo, Veja, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo são fontes de informação absolutamente isentas. Qualquer otá.. quer dizer, pessoa pode confiar inteiramente nesses veículos. Aliás, se O Globo disse deve ser verdade, pois trata-se de um jornal que sustentou o golpe militar, lançou o Collor de Mello do nada somente para combater o Lula e subsidiou a história da Escola Base de São Paulo.
Facer 1 - Detalhe que esqueci: a revista Veja foi que criou a matéria sobre a Escola Base, assim como noticiou a fantástica história do Boimate, mistura de carne de vaca com tomate criado geneticamente. Um primor de jornalismo.

O maniqueísmo da imprensa

A partir de uma análise restrita aos meus textos, é legítimo imaginar-me como um petista de "carteirinha", pronto a defender radicalmente o PT contra toda e qualquer crítica e posicionar-me a favor de todo ato ilegítimo praticado por algum representante do partido.
De fato, sou simpatizante do PT, mas não de forma acrítica. Não compactuo com atos ilícitos, com corrupção. É dever de todo cidadão repudiar desvios de conduta praticados contra a sociedade e contra o direito natural alheio.
Antes da segunda eleição de Lula, decepcionado com a falta de iniciativa do partido no sentido de promover uma reforma política profunda e com sua opção pela manutenção da velha política de acordos pela governabilidade com partidos nefastos, desisti de votar no PT e passei a votar no PSol, partido que se colocou no lugar simbólico dos antigos ideais petistas.