O
mundo, como representação da percepção individual do viver, é
uma experiência subjetiva única. Cada pessoa contém em si um mundo
próprio, singular, inigualável.
Cada
um de nós existe num plano de experiência exclusivo, como fosse um
palco montado com um cenário específico. Atuamos como protagonistas
de nossas próprias peças, ladeados por um conjunto distinto de
atores, as pessoas que entram em nossas vidas e a influenciam de
alguma forma. Em certas situações, o cenário e o conjunto de
atores podem ser parcialmente compartilhados por mais de uma pessoa,
um dos outros atores. O palco, porém, jamais. Por que?
Porque
a trama do que somos se desenrola dentro de nós e é lá que se
localiza esse palco íntimo que chamamos alma, espírito ou
consciência. O palco é o nosso mundo de experiência, mas não é,
como pode parecer, o mundo material no qual vivemos, fora de nós.
Esse mundo externo é apenas um grande teatro permeado por infinitos
palcos que, vez ou outra, se tocam e misturam suas peças por alguns
instantes.