segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A manipulação da informação pela Folha de São Paulo

Vejam como o jornal “A Folha de São Paulo” trata as informações que veicula.
Não mereceu nenhuma manchete - Doação de R$ 8,25 milhões à campanha de Geraldo Alckmin em 2010 feita por Ana Maria Gontijo, mulher de José Celso Gontijo, dono da Via Engenharia, um dos mais poderosos empresários do Distrito Federal, e que prestou serviços no Governo Serra e Alckmin.

Unanimidade e inteligência


Aderir a qualquer unanimidade é fácil e sequer exige o uso da inteligência, pois faz parte de nossa natureza participar da vontade coletiva da manada mesmo quando ela se joga inteira no precipício.
O ser humano que age assim abdica da racionalidade, nisso se igualando a qualquer animal que viva em bandos. Talvez seja por isso que Nelson Rodrigues pontificou que toda unanimidade é burra.
A conduta inteligente é um pouco mais difícil e exige o uso da razão. Trata-se de, em meio à tormenta, à turbulência, no calor de uma multidão enfurecida, ser capaz de lançar uma visão global sobre o problema, refletir sobre as opções disponíveis e, de forma racional, escolher a melhor ou a menos pior delas.
Isso é o que nos diferencia, nos qualifica e nos torna seres pensantes e culturais.

Lei, justiça e dinheiro


A lentidão da justiça, que é a origem da sensação geral de injustiça e impunidade, não é um atributo exclusivo da justiça brasileira, mas um problema no mundo inteiro, ainda que com variação de grau.
Essa lerdeza, com muita razão criticada, ocorre porque é quase impossível equalizar a necessidade coletiva de justiça célere com a necessidade individual de amplo direito de defesa, que é um direito decorrente de imperativo ético-moral social, do qual não pode renunciar uma sociedade dita civilizada.
Ao contrário do pensamento comum, o tratamento diferenciado que os ricos recebem da justiça não está substantivada na lei, encontrando justificativa em normatividade não escrita e nem assumida publicamente. Trata-se da pragmática comum de atribuir deferência a quem detém riqueza ou poder de influência, como, de resto, geralmente ocorre não somente na justiça, mas em todas as demais instituições humanas, com raras exceções, sendo uma delas a... nesse momento não consigo recordar de nenhuma.

Processo, justiça, informação e medidas extremas


Poucas pessoas possuem acesso direto aos autos de um processo criminal. Em geral, apenas o acusado, seu defensor, o juiz, alguns serventuários e mais meia dúzia de outros interessados. Entretanto, à exceção possível do acusado, mesmo estas pessoas não estavam no local do crime e não o testemunharam, de modo que são incapazes de assegurar que a verdade formal, aquela que foi produzida nos autos a partir de relatos de testemunhas ou de outras provas, corresponde à verdade real, ou seja, ao fato efetivamente ocorrido.
Se isso é verdade para quem possui proximidade com o processo penal, acessando diretamente as provas produzidas, muito mais o será para quem não tem acesso algum. Nessa hipótese, opinar de forma categórica, defendendo veementemente a inocência ou a culpa de alguém que nunca viu na vida, de caráter e personalidade desconhecidas, constitui ação de extrema leviandade.
Em todo o mundo, mesmo em países cuja polícia técnica é saudada costumeiramente em filmes e séries de televisão, são absolutamente corriqueiros os casos de provas que culparam indevidamente inocentes, inclusive as indevidamente consideradas infalíveis provas de DNA.

Deus é comunista


Se existe um Deus criador de todas as coisas, perfeito, onisciente, onipotente, onipresente e que no concedeu o livre-arbítrio, então a sua perfeição pressupõe a igualdade de valor entre todas as criaturas, pois todas se originam Dele.
Se a igualdade de valor vêm de Deus, assim também deve ser entre os seres humanos.
Se, sob os olhos de Deus, todos os seres humanos merecem o mesmo valor, não existe qualquer razão para divisões sociais, para a existência simultânea de poderosos milionários e despossuídos miseráveis.
Concluo, então, que Deus nos concedeu a graça do livre-arbítrio para que, por evolução da sabedoria, chegássemos à auto-decisão de adotar o império da igualdade entre os homens.
E concluo, também, que os comunistas, seres humanos imperfeitos que são, são ateus por equívoco, enquanto que Deus, por perfeita decisão, outra coisa não pode ser senão comunista.

Estados Unidos, liberdade de expressão, Joaquim Barbosa e algemas na jornalista brasileira



Os EUA são considerados o país da democracia e da liberdade de expressão, utilizado por considerável parcela da população brasileira como paradigma para a prática de um esporte muito popular: a explicitação de baixa autoestima através do louvor a uma nação estrangeira e depreciação do próprio país.
Será que a nação norte-americana é tudo isso mesmo ou não passa de puro exemplo de propaganda enganosa? Talvez a resposta à indagação deva ser buscada, não nos grandiosos números da economia norte-americana, mas nos detalhes. Afinal, como se sabe, o diabo mora nos detalhes.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mensalão, um julgamento medieval



Existem pessoas que, previamente a qualquer manifestação sobre determinado assunto, pesquisam e refletem sobre. Existem outras que, movidas por pré-juízos, aderem irrefletidamente a movimentos de massa. Existem outras, ainda, que agem casuisticamente, seguindo a cartilha Ricúpero ("o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde"), ou seja, não procuram a verdade porque consideram-na irrelevante para manutenção de seu posicionamento, pois os fins justificam os meios.
A indignação contra a corrupção envolvida no caso alcunhado de "mensalão" pode derivar, para algumas pessoas, diretamente dos supostos crimes cometidos ou, para outras, simplesmente partir do princípio de que qualquer condenação de político é justa (principalmente do PT), já que, como se sabe, "todo político é corrupto".
O anseio popular, desse modo, é tanto por justiça, como por mero justiçamento.

O refluxo do mensalão - parte II

Cláudio Lembo é jurista e professor universitário, tendo ocupado o cargo de vice-governador do estado de São Paulo no período 2003/2006, ao lado do governador Geraldo Alckmin, do PSDB. Nada possui, portanto, de petista.
Segundo opinião manifestada em seu artigo "Mensalão e democracia", cujo link é disponibilizado ao final do texto, Claudio Lembo afirma que, no processo do chamado "mensalão", foram alterados entendimentos jurisprudenciais remansosos, consolidados, de longa maturação. Como exemplo, afirma que não houve preocupação de preservar a imagem de nenhum denunciado, tendo o STF agido como nos antigos juízos medievais, que expunham os acusados à execração pública.

O refluxo do "mensalão"


O jurista Ives Gandra Martins, de 78 anos, possui 56 anos de advocacia e é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra. É autor de dezenas de livros já publicados, inclusive em parceria com alguns ministros do STF.
Com um currículo desse, dele se pode afirmar tudo, menos que seja petista. Pelo contrário, Ives Gandra situa-se, no espectro político, em polo oposto ao do PT.
Em longa entrevista concedida à Folha de São Paulo, de uma página inteira e que, apesar disso, não mereceu qualquer destaque na capa do periódico, ele sustenta que o processo do chamado "mensalão", possui duas interpretações possíveis. Uma delas é positiva, pois abre a expectativa de "um novo país" em que políticos corruptos seriam punidos. A outra, todavia, é ruim e perigosa, pois o STF teria abandonado o princípio fundamental de que a dúvida deve sempre favorecer o réu.

Os grandes casos de corrupção do país


A imprensa alcunhou o caso "mensalão" de o maior caso de corrupção da história. A afirmação está muito distante da verdade. São vários os escândalos anteriores envolvendo desvio de dinheiro público em volume muito superior.
Para ficar em dois exemplos, a Privataria Tucana gerou prejuízos ao Brasil de mais de duzentas vezes o valor do "mensalão", enquanto o caso do Banestado, do governo do Estado de São Paulo, equivale a cerca de oitenta "mensalões".
Nestes dois casos, durante governos do PSDB, a corrupção alcançou quase trezentas vezes o "mensalão", o que transformaria os corruptos dos governos petistas em meros ladrões de galinha.

domingo, 1 de setembro de 2013

Beleza feminina



Todos os corpos são essencialmente belos, pois todos são repositórios do que a pessoa possui de mais profundo, que é a própria alma.
A noção estética de oposição à beleza - o feio - é uma construção cultural inexistente na realidade. A beleza jamais estará na forma do outro ou da outra, mas na maneira como se percebe essa forma e que envolve o apreço ou desapreço pela alteridade.
Quem não enxerga o belo é porque não o possui dentro de si, inebriado por uma cegueira narcísica.
Foi assim que interpretei a mensagem passada pelo blog “Batalha dos Corpos”, um manifesto contra as imposições de uma suposta beleza feminina.

Rede Globo, apoio ao golpe de 64, antipetismo e você: tudo a ver


Em editorial, o jornal "O Globo" finalmente pediu desculpas ao povo por seu explícito apoio ao golpe militar de 1964. Cinquenta anos depois, "O Globo" reconhece que o seu posicionamento, à luz da história, foi incorreto.
Vindo de "O Globo", não se poderia esperar perfeição no reconhecimento de um erro. De fato, ao lado de se desculpar, a publicação tenta se justificar na afirmação de que, na ocasião, o povo estaria contra o governo de Jango.
Inicialmente, destaca-se que o jornal sempre denominou de "revolução" o que agora reconhece ter sido um golpe. Quanto à sua afirmação de que o povo estaria contra o governo de Jango e por isso a adesão do jornal, o que se constata é que a Globo, mesmo enquanto pede desculpas, repete o seu melhor produto: mentira.