sábado, 29 de março de 2014

Globalização: como fica o ser humano?


Quando o primeiro ser humano descobriu ser possível trocar bugigangas com outro ser humano que morava distante, iniciou-se o processo de integração comercial que hoje chamamos de globalização. Trata-se, pois, de um fenômeno humano que não é recente, caracterizado pela construção de teias de interligação comercial e cultural entre as diversas localidades .
A rota da seda, séculos antes de Cristo, já era um passo firme em direção ao aglutinamento das forças econômicas. As caravelas de especiarias, idem. Nesse sentido, Marco Polo, que seguiu a rota da seda em direção à China no século XIII, foi um precursor.
O que hoje usualmente é denominado de “globalização”, constitui, na verdade, a rápida e crescente aceleração do processo primitivo de integração que passou a ocorrer a partir do final do século XX e início do XXI, explicada pela extrema redução nos custos e aumento na velocidade dos transportes e, principalmente, das comunicações.

domingo, 23 de março de 2014

A Bíblia I


A bíblia judaico-cristã narra diversos fatos sobre a criação do universo e sobre a história da humanidade.
Do início dos tempos até um século atrás, a narrativa sagrada era interpretada literalmente pelos sacerdotes e assim era imposta aos crentes. Prevalecia, pois, a crença geral de que os eventos bíblicos aconteceram exatamente como revelados aos homens através do livro sagrado.
A literalidade bíblica era considerada tão verdadeira que, em épocas sombrias, quando a religião cristã, além da espiritualidade do povo, dominava também a política, sequer se podia contestar os fatos sagrados, sob pena de tipificação do crime de heresia, passível de punição mediante tortura e morte pela fogueira. No mundo moderno, a possibilidade de punição por heresia ainda existe em regimes teocráticos, como os que ocorrem em países muçulmanos.

domingo, 9 de março de 2014

Mutações


Encontrei, por acaso, uma antiga colega de trabalho, a quem não via há quase dez anos. Cumprimentei-a efusivamente, mas notei sua aparente frieza. Como éramos muito próximos na época em que trabalhamos juntos, indaguei-a se não estava me reconhecendo. Sua resposta perturbou-me pela sinceridade e coerência: "Eu conheci você, dez anos atrás, hoje não o conheço mais".
Num primeiro momento, uma resposta como essa pode soar algo grosseira, basta, porém, uma breve reflexão, pensar um pouco mais profundamente, para perceber que ela está coberta de razão. De fato, quem permanece a mesma pessoa após dez anos?