O que é essencial para o mundo e para o Brasil? Há uma certa unanimidade em torno da palavra mágica "crescimento econômico" como uma suposta panaceia para os problemas humanos. Poderiam até estar corretos, não fosse a perspectiva com que a palavra é entendida.
O
problema é que, quando se fala em crescimento econômico, pensa-se
no modelo do passado, do final do século XIX e início do século
XX, que tão bem soube retratar Chaplin em “Tempos Modernos”. O
mesmo modelo que atemorizou Marx, em seu formato não-sustentável,
fundado em maior quantidade de indústrias, incremento do comércio,
profusão da mineração, mais hidrelétricas e termoelétricas,
enfim o tipo de crescimento que implica necessariamente em sujeira,
poluição e destruição do meio-ambiente. Na verdade, trata-se do
paradigma “cachorro perseguindo o próprio rabo”, onde a economia
persegue e tantas vezes quer se antecipar ao crescimento demográfico.