Críticos do socialismo
costumam afirmar, como uma das mais fortes razões para o repúdio, que o
socialismo real, aquele materializado principalmente nas experiências
soviética e chinesa, normalmente é fundado em governos
aristocráticos e no culto à personalidade, acabando por redundar
num totalitarismo sanguinário, que mata milhões de pessoas para a
manutenção do poder.
Não há dúvida quanto
ao horror soviético. Stalin, sozinho, chacinou nove milhões de
cidadãos russos. Tampouco cabe negar o maléfico comunismo chinês,
com Mao Tsé Tung sendo responsável pela morte de setenta milhões
de pessoas. De fato, ambos os regimes foram totalitaristas, marcado
por cidadãos instados ao dever da vigilância recíproca e
patrulhamento ideológico de uns em relação aos outros, causadora
de intensa paranoia social, porém com o efeito de manter todos no
direcionamento pretendido pelos camaradas governantes. Nessa
situação, o sentido de pertencimento à comunidade se esvai,