No
Estadão de hoje (17/5), o ex-cineasta Arnaldo Jabor comete um texto
intitulado "As ilusões perdidas". Trata-se de um
rebotalho, um vomitório, composto por um mix de egolatria,
iconoclastia e aparente frustração inconfessa acerca de si mesmo.
Nele,
como de hábito, Jabor se autoidolatra, coisa que muito aprecia
fazer, simultaneamente à pretensão de desqualificar toda e qualquer
mente que erga bandeiras em prol do movimento político de esquerda.
Dada a excepcional qualidade de várias das mentes que pensam a
esquerda, como Noam Chomsky, Zygmunt Bauman, Marilena Chauí,
Fernando Morais, Luís Fernando Veríssimo, Fábio Konder Comparato,
Bandeira de Mello, Ladislau Dowbor, Marcio Porchman, David Harvey, Slavoj Zizek e inúmeros outros, a tarefa jaboriana não é nada fácil.
Hércules ficaria invejoso.
Ainda em decorrência do alto nível dos
intelectuais mencionados, fora os que foram omitidos, é também
possível mensurar a extensão da arrogância supostamente intelectual de Arnaldo
Jabor. É quase similar a do louco que pretende ser Bonaparte, nome
que, aliás, lhe cairia muito bem: "bom à parte".