No
Brasil, vice-presidentes não são eleitos, sendo apenas integrantes
da chapa vitoriosa. Pode não ser desejável, mas nossa tradição
política não é de valorização da figura do vice de qualquer
coisa, que em geral é apena um elemento decorativo, seja no âmbito
federal, como em estados, municípios e mesmo em condomínios
residenciais. Poucos lembrarão quem era o vice do prefeito ou do
governador no qual votou. O mesmo fenômeno, com um grau talvez um
pouco menor, ocorre quanto ao candidato a vice-presidente.
Quantos
lembrarão quem era o vice nas chapas de Geraldo Alckmin ou José
Serra à presidência? Ou quem era o vice de Marina nas eleições em
que foi candidata? Sem titubear, cravo que o número desses
privilegiados da memória será próximo de zero.
Em
geral, a população somente lembrará de vices que, por destino,
tornaram-se titulares, como Sarney ou Itamar Franco, mesmo assim
provavelmente deles se lembrarão como presidentes e não como vices
que se tornaram presidentes.