quarta-feira, 6 de junho de 2012

Gilmar Mendes acusa Lula de pedir a interferência de Deus no mensalão



A revista Veja dessa semana traz novo escândalo envolvendo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva.
Através de entrevista concedida com exclusividade absoluta para a revista Veja, o ministro Gilmar Mendes formula novas acusações contra o ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, de interferência indevida no julgamento do mensalão.
Acusado anteriormente, pelo próprio ministro Gilmar Mendes, de solicitar o adiamento do julgamento do mensalão para após as eleições, sob a promessa de ajudar o ministro a livrar-se da acusação de ter viajado à Europa por conta do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Lula agora é acusado de continuar a envidar esforços para manipular o calendário do julgamento, utilizando, para tanto, não somente todas as suas forças políticas, mas também poderes além de qualquer compreensão humana.

Gilmar Mendes diz ter descoberto toda a trama armada por Lula por mero acaso. Segundo a revista Veja, Lula e a esposa, Marisa, compareceram à missa de domingo, dois meses atrás, na mesma igreja que Gilmar e sua esposa. O encontro teria ocorrido por acaso, mas novas fontes indicam que Lula poderia ter simulado a coincidência para incutir temor no destemido ministro do Supremo pela mera visão do sapo agora escanhoado.
Na entrevista, Gilmar Mendes relata que, por estar a igreja muita cheia, os dois casais foram obrigados a sentar próximos, pois somente existiam quatro lugares vagos, no mesmo banco. O ministro pensou em ir embora, mas considerou que isso violaria a liturgia religiosa e decidiu permanecer, embora constrangido em virtude do recente do escândalo provocado no último encontro que teve com o ex-presidente, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim.
O ministro Gilmar e Lula sentaram-se lado a lado, mas não se falaram durante toda a missa, guardando um silêncio protocolar. Gilmar Mendes relata que, justamente por estarem muito próximos, e uma vez que Lula não sabe ler ou pensar em silêncio, foi possível ouvir com muita nitidez o momento em que Lula, ajoelhado, olhos fechados e com as mãos juntas, orou a Deus-pai, pedindo Sua interferência divina para que o julgamento do mensalão somente ocorra no ano que vem.
"Eu ouvi tudo muito bem", disse o ministro, "ele pediu a benção do adiamento do julgamento. Fiquei estarrecido. É caso clássico de obstrução da Justiça", completou.
Consultado pela revista Veja, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou categoricamente que, ainda fosse Lula presidente, o caso seria de impeachment sumário, sem sequer necessidade de processo de cassação pelo Congresso, dada a gravidade da conduta ilícita praticada pelo Lula.
Ayres Britto ainda completou: "E se for provada a participação de Deus na interferência do julgamento do mensalão, também Ele pode sofrer impeachment e perder o trono do Céu".
Perguntado sobre quem ocuparia o lugar de Deus, em caso de impeachment, Ayres Britto afirmou que, embora o caso seja inédito, inexistindo uma jurisprudência específica a respeito, em princípio deveria ser São Pedro a assumir o cetro do Senhor.
Indagado sobre onde tramitaria o processo de impeachment de Deus, Ayres Britto não titubeou: "Ora, o Senhor, Supremo que é, somente pode ser julgado por um Supremo Tribunal".
Outros ministros, ouvidos pela revista, preferiram não opinar, alguns deles confessando terem pendências com o Divino e estarem impedidos de julgá-Lo.
Um dos ministros disse, em off, que, em princípio, não via ilegalidade na conduta de Lula. "Lula é católico e, não estando mais na Presidência, pode orar por uma ajuda política do Senhor. Não vejo gravidade na conduta. E Deus, sendo Supremo, assim como nós, pode ou não ajudar, de acordo com suas próprias conveniências".
O presidente do Democratas, Rodrigo Maia, já está recolhendo assinaturas para a CPI do Divinão, como já está sendo chamado, no Congresso, o novo escândalo divulgado pela revista Veja.
O escândalo do Divinão alcançou repercussão nacional após a matéria da revista Veja ter sido reproduzida, desde o dia anterior à chegada às bancas, pelos telejornais Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Bom Dia regional, Jornal Hoje, Fantástico, Jornal da GloboNews e pelos programas da Ana Maria Braga, Faustão, Caldeirão do Huck, Video Show e nas novelas da duas, das cinco, das seis, das sete e das nove.
Também os jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo repercutiram a reportagem da revista Veja.
Especialistas na área jurídica, ouvidos pela reportagem, dizem que a possibilidade de Lula ser responsabilizado criminal e eleitoralmente é grande e que, quanto a Deus, Ele não está acima das leis brasileiras, de modo que não pode atender a qualquer benção solicitada pelo ex-presidente, sob pena de caracterizar um malfeito.
Os especialistas, entretanto, concordam que não há risco de Deus ir para o inferno sob essa acusação.
A assessoria de Lula divulgou nota através da qual repudia veemente as novas acusações de Gilmar Mendes, afirmando que compete a Gilmar comprovar que sua reza possuiu o teor divulgado.
Procurado, Deus não se manifestou.
A Procuradoria Geral da República estuda a convocação de Lula, Gilmar e Deus para depor sobre o assunto.

Um comentário :

  1. Cuidado, Márcio: você está dando ideias para a próxima edição da revista! Excelente texto! Joana.

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