A
revista Veja dessa semana traz novo escândalo envolvendo o ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o ex-presidente da
república Luiz Inácio Lula da Silva.
Através
de entrevista concedida com exclusividade absoluta para a revista
Veja, o ministro Gilmar Mendes formula novas acusações contra o
ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, de
interferência indevida no julgamento do mensalão.
Acusado
anteriormente, pelo próprio ministro Gilmar Mendes, de solicitar o
adiamento do julgamento do mensalão para após as eleições, sob a
promessa de ajudar o ministro a livrar-se da acusação de ter
viajado à Europa por conta do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Lula
agora é acusado de continuar a envidar esforços para manipular o
calendário do julgamento, utilizando, para tanto, não somente todas
as suas forças políticas, mas também poderes além de qualquer
compreensão humana.
Gilmar
Mendes diz ter descoberto toda a trama armada por Lula por mero
acaso. Segundo a revista Veja, Lula e a esposa, Marisa, compareceram
à missa de domingo, dois meses atrás, na mesma igreja que Gilmar e
sua esposa. O encontro teria ocorrido por acaso, mas novas fontes
indicam que Lula poderia ter simulado a coincidência para incutir
temor no destemido ministro do Supremo pela mera visão do sapo agora
escanhoado.
Na
entrevista, Gilmar Mendes relata que, por estar a igreja muita cheia,
os dois casais foram obrigados a sentar próximos, pois somente
existiam quatro lugares vagos, no mesmo banco. O ministro pensou em
ir embora, mas considerou que isso violaria a liturgia religiosa e
decidiu permanecer, embora constrangido em virtude do recente do
escândalo provocado no último encontro que teve com o
ex-presidente, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim.
O
ministro Gilmar e Lula sentaram-se lado a lado, mas não se falaram
durante toda a missa, guardando um silêncio protocolar. Gilmar
Mendes relata que, justamente por estarem muito próximos, e uma vez
que Lula não sabe ler ou pensar em silêncio, foi possível ouvir
com muita nitidez o momento em que Lula, ajoelhado, olhos fechados e
com as mãos juntas, orou a Deus-pai, pedindo Sua interferência
divina para que o julgamento do mensalão somente ocorra no ano que
vem.
"Eu
ouvi tudo muito bem", disse o ministro, "ele pediu a benção
do adiamento do julgamento. Fiquei estarrecido. É caso clássico de
obstrução da Justiça", completou.
Consultado
pela revista Veja, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Carlos Ayres Britto, afirmou categoricamente que, ainda fosse Lula
presidente, o caso seria de impeachment sumário, sem sequer
necessidade de processo de cassação pelo Congresso, dada a
gravidade da conduta ilícita praticada pelo Lula.
Ayres
Britto ainda completou: "E se for provada a participação de
Deus na interferência do julgamento do mensalão, também Ele pode
sofrer impeachment e perder o trono do Céu".
Perguntado
sobre quem ocuparia o lugar de Deus, em caso de impeachment, Ayres
Britto afirmou que, embora o caso seja inédito, inexistindo uma
jurisprudência específica a respeito, em princípio deveria ser São
Pedro a assumir o cetro do Senhor.
Indagado
sobre onde tramitaria o processo de impeachment de Deus, Ayres Britto
não titubeou: "Ora, o Senhor, Supremo que é, somente pode ser
julgado por um Supremo Tribunal".
Outros
ministros, ouvidos pela revista, preferiram não opinar, alguns deles
confessando terem pendências com o Divino e estarem impedidos de
julgá-Lo.
Um
dos ministros disse, em off, que, em princípio, não via ilegalidade
na conduta de Lula. "Lula é católico e, não estando mais na
Presidência, pode orar por uma ajuda política do Senhor. Não vejo
gravidade na conduta. E Deus, sendo Supremo, assim como nós, pode ou
não ajudar, de acordo com suas próprias conveniências".
O
presidente do Democratas, Rodrigo Maia, já está recolhendo
assinaturas para a CPI do Divinão, como já está sendo chamado, no
Congresso, o novo escândalo divulgado pela revista Veja.
O
escândalo do Divinão alcançou repercussão nacional após a
matéria da revista Veja ter sido reproduzida, desde o dia anterior à
chegada às bancas, pelos telejornais Jornal Nacional, Jornal da
Globo, Bom Dia Brasil, Bom Dia regional, Jornal Hoje, Fantástico,
Jornal da GloboNews e pelos programas da Ana Maria Braga, Faustão,
Caldeirão do Huck, Video Show e nas novelas da duas, das cinco, das
seis, das sete e das nove.
Também
os jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo repercutiram
a reportagem da revista Veja.
Especialistas
na área jurídica, ouvidos pela reportagem, dizem que a
possibilidade de Lula ser responsabilizado criminal e eleitoralmente
é grande e que, quanto a Deus, Ele não está acima das leis
brasileiras, de modo que não pode atender a qualquer benção
solicitada pelo ex-presidente, sob pena de caracterizar um malfeito.
Os
especialistas, entretanto, concordam que não há risco de Deus ir
para o inferno sob essa acusação.
A
assessoria de Lula divulgou nota através da qual repudia veemente as
novas acusações de Gilmar Mendes, afirmando que compete a Gilmar
comprovar que sua reza possuiu o teor divulgado.
Procurado,
Deus não se manifestou.
A
Procuradoria Geral da República estuda a convocação de Lula,
Gilmar e Deus para depor sobre o assunto.
Cuidado, Márcio: você está dando ideias para a próxima edição da revista! Excelente texto! Joana.
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