Desde
sempre os seres humanos buscam o sentido da vida.
Muitas
vezes imaginam que a resposta não está na vida, mas além dela, ou
seja, o sentido da vida estaria no pós-morte, o que pode parecer uma
contradição em termos, pois busca-se o sentido de algo em algo que
não está nele.
Alguns
consideram que o sentido da vida está na busca do prazer, enquanto
outros imaginam alcançá-la na fuga do desprazer.
O
altruísta entende o sentido da vida no amor ao próximo, enquanto o
egoísta busca o mesmo sentido no amor do próximo.
Há
os que, paradoxalmente, persigam esse sentido na falta ou no
entorpecimento dos sentidos, na intoxicação.
O
suicídio é uma das soluções possíveis para os que encontraram na
total ausência de sentido essa resposta.
Todas
são percepções possíveis, mas qualquer resposta que não envolva a
felicidade individual não será satisfatória, ainda que dela
decorra a entrega e o altruísmo daquele que se doa ao próximo ou ao
mundo.
A
infelicidade própria é a negação do sentido de viver.
Uma
boa lição vem daqueles que consideram que a coisa mais importante
para conferir sentido à vida é o exercício de uma atividade do bem
em função da qual a pessoa sinta o desejo e a ânsia de acordar bem
cedo todo dia para realizá-la, por tempo indefinido.
Não
se trata exatamente de trabalho ou emprego, embora o possa ser, mas
qualquer atividade, física ou intelectual, com finalidade definida,
que não cause o mal, de execução possível e livre escolha.
As
expressões chave aqui são "queira acordar bem cedo" e
"livre escolha", que fazem presumir prazer e liberdade na
consecução da atividade.
Se
alguém deseja acordar cedo, todos os dias, para executar uma missão de sua livre escolha,
essa missão claramente é o que confere sentido à sua vida.
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