quinta-feira, 4 de abril de 2013

O sentido da vida


Desde sempre os seres humanos buscam o sentido da vida.
Muitas vezes imaginam que a resposta não está na vida, mas além dela, ou seja, o sentido da vida estaria no pós-morte, o que pode parecer uma contradição em termos, pois busca-se o sentido de algo em algo que não está nele.
Alguns consideram que o sentido da vida está na busca do prazer, enquanto outros imaginam alcançá-la na fuga do desprazer.
O altruísta entende o sentido da vida no amor ao próximo, enquanto o egoísta busca o mesmo sentido no amor do próximo.
Há os que, paradoxalmente, persigam esse sentido na falta ou no entorpecimento dos sentidos, na intoxicação.

O suicídio é uma das soluções possíveis para os que encontraram na total ausência de sentido essa resposta.
Todas são percepções possíveis, mas qualquer resposta que não envolva a felicidade individual não será satisfatória, ainda que dela decorra a entrega e o altruísmo daquele que se doa ao próximo ou ao mundo.
A infelicidade própria é a negação do sentido de viver.
Uma boa lição vem daqueles que consideram que a coisa mais importante para conferir sentido à vida é o exercício de uma atividade do bem em função da qual a pessoa sinta o desejo e a ânsia de acordar bem cedo todo dia para realizá-la, por tempo indefinido.
Não se trata exatamente de trabalho ou emprego, embora o possa ser, mas qualquer atividade, física ou intelectual, com finalidade definida, que não cause o mal, de execução possível e livre escolha.
As expressões chave aqui são "queira acordar bem cedo" e "livre escolha", que fazem presumir prazer e liberdade na consecução da atividade.
Se alguém deseja acordar cedo, todos os dias, para executar uma missão de sua livre escolha, essa missão claramente é o que confere sentido à sua vida.

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