O
amor é geralmente descrito com a utilização de palavras como raro,
dispendioso, focado, exclusivo e individual. Disso resulta a
aparência, ainda que não intencional, de que o amor é algo
transcendente, exclusivo de poucos eleitos, quase inatingível.
Melhor
seria agregar ao seu conceito as palavras comum, barato, abundante,
múltiplo, difuso, diversificado e coletivo. As regras do amor não
seguem a ciência econômica. Quanto menos raro, mais valioso para a
humanidade. Por mais que se dissemine, sempre haverá demanda.
Mudando
de assunto. Não percam tempo comparando o que escrevo hoje com o que
escrevi ontem. Sou contraditório mesmo. O que penso não depende
somente de meu passado, mas também do que vivencio no presente. Sou
um ser histórico, temporal, diferente a cada dia, a cada
experiência. Encontro-me num palco no qual não represento, nem
pretendo nunca representar, eternamente a mesma cena. Como já disse
Raul, "prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter opinião
formada sobre tudo".
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