A
palavra páscoa, em suas origens grega e, posteriormente, hebraica,
buscava exprimir uma festa de passagem.
Inicialmente,
com as crenças pagãs, era a festa que comemorava a passagem do
inverno para a primavera. Depois, com os judeus, exprimia a passagem
da escravidão no Egito para a liberdade na Terra Prometida. Enfim,
ante a coincidência da ressurreição de Jesus Cristo com a
festividade judaica da Páscoa, a data passou, para os cristãos, a
possuir essa simbologia que possui entre nós.
Não
há dúvida, porém, que essas datas em princípio religiosas, como
Páscoa e Natal, há muito extrapolaram os limites da mera
religiosidade, assumindo a natureza provocadora de um momento de
reunião íntima entre pessoas que se amam, com feição simultânea
de festa de confraternização universal.
Essas
festas, para além de toda crença, tornam-se importantes como
momentos de renovação da amizade, da concessão de chance à
empatia, de vermos o mundo sob os olhos do outro, de sermos amigos de
toda a humanidade, de perdoarmos, de pedir perdão.
O
chocolate veio muito depois, embora seja sempre bem-vindo.
Aproveitemos,
então, essa passagem aberta entre nós e o outro para comemorarmos
nossas amizades, tanto as que temos, como as que poderemos ter.
A
tela: Claude Monet, Monet's Garden, the Irises, 1900.
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