Arma.
Objeto pensado pelo ser humano para ser utilizado exclusivamente com
intuito de ameaçar, ferir ou matar outra pessoa, seja atacando, seja
em sua defesa.
Guerra.
Ação de dois ou mais grupos de pessoas, representando governos ou
não, que, tomando de suas armas, dirige-se conscientemente a um
local para utilizá-las, ferindo ou matando as pessoas que integram
os outros grupos, que foram ao local com o mesmo objetivo de ferir e
matar. Pode ser entre países, pode ocorrer entre a polícia e uma
quadrilha de criminosos.
Terrorismo.
Ação de um grupo de pessoas, do governo ou não, que, utilizando
suas armas, atacam um outro grupo de pessoas que não está
utilizando suas armas, objetivando feri-las ou matá-las.
Civilização.
Estágio considerado avançado da sociedade humana, caracterizado
pela ausência da barbárie primitiva.
Nada
há de glamuroso na guerra ou no terrorismo. Não existe qualquer
dignidade ou honra que possam advir da participação em combates
entre seres humanos. A glamurização da guerra, do soldado e da
morte honrosa em combate, constitui uma mistificação que veio sendo
disseminada culturalmente ao longo da história, incorporando-se ao
senso comum, por conta da prevalência de uma ideologia de dominação
que sempre interessou aos governantes. Afinal, como manter o poder,
as propriedades, a soberania, sem um exército disposto a morrer
supostamente pela pátria? Claro que, no caso, a pátria no mais das
vezes é sinônimo de interesse comercial, mas... e daí, quem pensa
nisso na hora de vestir um vistoso uniforme de gladiador?
A
guerra é uma coisa terrível, talvez a mais ignominiosa das coisas
produzidas pelo engenho humano. Não somente é capaz de destruir
países inteiros, como, para esse fim, é focada em destruir a vida
humana. A guerra mata, fere de forma profunda, estraçalha a carne,
esquarteja membros. Os que escapam de ferimentos da carne, não
alcançam evitar os males da alma por ela provocados.
A
guerra não distingue entre civis e militares na hora de ferir e de
matar. E por que distinguiria? Afinal, ambos são seres humanos e o
militar nada mais é do que um civil a quem impuseram um uniforme.
Estar uniformizado não deveria submeter alguém a ser esquartejado
ou morrer. O holocausto produzido pelos alemães e as bombas lançadas
em Hiroshima e Nagasaki pelos americanos são o exemplo maior da
iniquidade humana, da maldade que impera no âmago do ser humano.
Porém,
embora a humanidade tenha conhecimento de tudo isso, elas somente são
consideradas e repudiadas quando nos atinge, quando nós somos os
participantes da batalha ou nossos filhos. As notícias de guerras
longínquas, lidas nos jornais, causam, quando muito, um pequeno
desconforto, logo superado por uma lambida no delicioso sorvete. A
insensibilidade é tamanha que, mesmo quando um país está em
guerra, é preciso um bom tempo até que as mães percebam que seus
filhos estão morrendo à toa, em nome de interesses difusos,
confusos, sempre obscuros para a população. Só então vão para as
ruas, exigir o fim das escaramuças.
As
guerras ainda existem. Muitas. À todo momento pipoca uma em algum
lugar do mundo. Algumas mais famosas, outras nem se ouve falar (quem
se preocupa com uma guerra em Burkina Faso?).
As
guerras são a prova inequívoca de que a humanidade ainda está longe da civilização, ainda é bárbara, irracional. Poderia ser
dito que estamos mais próximos dos animais do que de uma pretensa
humanidade, porém isso seria injusto com os animais. Afinal, animais
geralmente só matam para comer. Seres humanos produzem guerras e
matam em nome da acumulação patrimonial.
Guerra.
Ação humana que caracteriza o atual estado de barbárie da
humanidade, distanciando-a da civilização e da inteligência.
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