Por
todo esse tempo o ser humano tem sido assim,
Um
conjunto de imperfeições a refletir sobre si
Supondo
certezas, criando imprecisões
Sobre
uma identidade íntima, uma consciência,
Que,
se não for mentira, pode ser condescendência.
Andando
sempre sobre a navalha da sanidade
Quanto
a mim, não questiono a própria existência,
Sei
que sou criatura,
Pois
se viver é um punhado de equívocos reunidos ao acaso
Não
existir é um atributo de perfeição, uma moldura.
Se
não sou perfeito, então estou aqui, então existo
Como
a tela no quadro, a planta dentro do vaso,
Existindo
entre duas inexistências, duas eternidades.
Colocando
um pé depois do outro, vou levando,
Aproveitando
as oportunidades, vivo, vivo e insisto,
Amando
o amor que chega, chorando o amor que vai,
Aspirando
ao carinho e suportando as violências
Enquanto
o sangue nas veias corre,
Enquanto
ele não se esvai.
Perseguindo
felicidades que nem sempre alcanço
Loucamente
em busca de bondades adormecidas em mim,
De
uma sabedoria que, estou ciente, nunca terei
E,
mesmo assim, insisto, não sei bem porquê.
Talvez
assim seja viver, essa busca, esse querer,
Alguns
momentos para amar, muitos para sofrer.
Belo poema.
ResponderExcluirGrato, Helena, pela sensibilidade. Espero que visite meus outros escritos poéticos. Estão espalhados pelo blog. Abçs.
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