terça-feira, 6 de maio de 2014

Experimentos de humanidade


Quem já não dormiu pedinte de não ver o dia seguinte
E no despertar teimoso da manhã de sol
Escondeu-se, furioso, embaixo do lençol?

Quem já não deixou passar um momento terno de vivenciar,
A paisagem mais linda que se possa imaginar
E o perfume mais gostoso de se aspirar?

Quem já não trocou o belo pelo pavoroso e o rude pelo carinhoso,
Ou não afastou o saber, abraçando a ignorância,
Preferindo o que é vulgar em lugar da elegância?

Mas tudo isso é discrepância, não normalidade,
Na vida o sublime superará a vulgaridade
E toda loucura será vencida pela sanidade.

Somos experimentos em nossa própria humanidade.

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