Tempos
atrás eu possuía um outro blog, chamado Marcio Comenta, que
abandonei completamente. Como fiquei sabendo que ele será
descontinuado a partir de 15 de novembro de 2011, quando todos os
arquivos nele contidos serão eliminados, tentei salvar o máximo dos
textos que lá escrevi. Estupidamente, não há backup. Meu arquivo
era o próprio blog.
Nos
que forem aproveitados, darei uma renovada, vestindo uma nouva
roupagem nos textos antigos, mantendo, porém, sua essência.
Um
dos arquivos já salvos é esse sobre a poesia de uma grande amiga, a
poeta Daisy Marini. Ela também tinha um blog antigo, hospedado no
mesmo local que o meu, cujo suave nome, ele próprio uma poesia, era
“Canto das Palavras” (endereço na rede
http://www.cantodaspalavras.blig.ig.com.br).
O blog ainda permanece no ar (ao menos até o dia 15/11/2011, quando
também será descontinuado), mas desde 2008 que, lamentavelmente, a
Daisy nada mais publicou. Pena, pois a o blog era lindo, muito
poético.
Confiram
duas de suas maravilhosas poesias:
“AUSÊNCIA
Quando
quero falar comigo
Ás
vezes não me encontro em casa.
Tiro
férias de mim mesma
E
saio tão apressada,
Mal
tenho tempo de ser avisada
Evito
as viagens longas
Que
me ponham em perigo
Se
gosto de ser andança
Gosto
mais de ser abrigo.
Daisy
Marini”
“SOBRE
PRÍNCIPES ENCANTADOS
Sou
tão disciplinada de inventar amores
Quisera
ter algum critério, inventar somente os amores possíveis
Mas
não leio bula, não sigo bússola, ignoro receitas
Minha
incompetência, neste caso, me salva da promiscuidade.
Daisy
Marini”
Porém,
se sinto a segurança desse ninho salvador
Donde
essa ânsia de liberdade?
Como
explicar essa pequena dor
Que
a constância já me fez esquecer?
E
faz de mim como fosse
Dessas
ditas mulheres direitas,
Caseiras
e conformadas que o Chico cantou
Mulheres
de atenas sem outra razão de ser
Que
não sou, que não serei
Que
não tolerarei em mim
Jamais.
Essa
última parte, sem aspas, é minha. Desculpe-me, Daisy, mas você é
muito inspiradora e não pude resistir a dar um pitaco na sua poesia
“Sobre príncipes encantados” (linda, por sinal). Ou não seria
eu, o Marcio Valley, não é mesmo?
Bem,
espero que a Daisy continue a escrever seus lindos poemas, assim
divulgando a sua emoção, o seu sentimento e seu enorme talento.
Marcio, fiquei muito emocionada, de verdade, com sua homenagem, de uma generosidade so. Obrigada pelas belas palavras, amigo, que tanto peso tem, certamente por virem de vc, um mestre no manejo das palavras. Vc reclama que nao posto nada mais em meu blog ha bastante tempo mas tenho que confessar uma enorme preguica em continuar. No fundo, acho que nao faz a menor diferenca se publico alguma coisa ou nao, sabe como e? Quem dera a poesia tivesse um poder, de fato, transformador! Espero que vc, contudo, siga escrevendo sempre e cada vez mais, porque vc sabe faze-lo com grande habilidade e talento, o que, convenhamos, esta cada vez mais raro. Obrigada, novamente, pelo carinho! Agora que vc tb esta no Face, vamos manter contato. Abraco, Daisy
ResponderExcluirVesse