Fora
de mim percebo infinito universo, pleno de tudo. Estrelas, galáxias,
planetas e seres provocadores de sensações povoam esse universo.
Todo ele insondável. Para sempre inexplicável. Um universo
misterioso, fabulosamente caótico e ordenado ao mesmo tempo. Sua
beleza causa-me admiração insaciável, sempre sedenta de sentir.
Mas há perigo nesse universo exterior. Cometas, asteroides, vulcões
e furacões lembram-me a fragilidade do corpo, recordam-me a finitude
da existência.
Dentro
de mim sinto que há outro universo sem fim, também abarrotado de
mistérios cuja compreensão escapa-me tanto e tão completamente.
Intenso e impenetrável, esse íntimo universo carrega magia e também
beleza. Exatamente como no de fora, no universo que há em mim
digladiam-se em eterna batalha o Rei Caos e o Rei Ordem, ambos
supostamente no bom combate, brigando por um bem-querer. Há perigo
nessa batalha universal sem fim. Traumas, temores, complexos,
síndromes e neuroses fragilizam a minha alma e comprometem sua
possível eternidade.
Sou
um fiapo de vida, tentando não sucumbir a dois universos que
desconheço tanto e tão completamente.
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