Um
desses dias modorrentos, estava deitado no sofá de minha, lendo um
livro, quando subitamente, do nada, uma voz em minha cabeça, como se
fosse um pensamento meu, disse o seguinte:
“Filho,
essa é a minha mensagem. Diga-a a todos aqueles que creem que, sob
meu poder, minha palavra pode ser transmitida por qualquer uma das
minhas criaturas, ainda que considerada vil pelas outras. Tenho
ciência de tudo o que acontece, fato, pensamento ou ação, em todos
os lugares e ao mesmo tempo.
Sou
energia sem fim e posso tudo. Não preciso de intermediários ou
orações para saber tudo aquilo que minhas criaturas necessitam,
pois sei antes delas. São dispensáveis livros, sacerdotes ou
templos que me consagrem e não exijo que qualquer contribuição,
sacrifício ou ritual seja feito em meu nome, pois sou desprovido de
necessidades, vaidade ou orgulho.
E
não sinto ira, somente amor. De mim, que tudo criei, nada partiu de
mal e nem partirá. Não existe inferno e nem existirá. O que
consideram o mal é só incompreensão.
Atentem
para o que agora digo. Para o ser humano, só há um vício a ser
evitado: fazer mal a qualquer outro ser humano intencionalmente ou
aos demais seres da natureza desnecessariamente ou por mera ganância.
A
inteligência não ocorreu por acaso. Ela deve ser usada para o bem
de todas as minhas criaturas. Para os que incidirem nesse vício, não
há punição espiritual, somente o prosseguimento da aprendizagem
com o retorno tantas e tantas vezes quantas forem necessárias.
Há,
porém, consequências materiais diretas ou indiretas, sofridas pelos
descendentes, pois toda ação viciada contra a natureza culmina por
refletir seus efeitos maléficos também no sangue de quem a
produziu. Não por vingança divina, por desejo meu, mas como simples
resultado de causa e efeito.
Todos
os comportamentos são escolhas afetas somente à vontade de cada um
e produzirão seus resultados durante a própria vida. Escolham bem”.
Fiquei
por um tempo pensando no que ocorrera. Estaria louco? Seria fácil
atribuir o pensamento à intervenção divina, mas não o faço, pois
nada sei.
Limito-me
a reproduzi-lo. Tirem suas próprias conclusões.
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