Chegamos a esse ponto: um bando de riquinhos idiotas antipetistas bêbados pensa ser capaz de competir em termos de intelectualidade com ninguém menos que Chico Buarque. Não bastasse isso, acham que possuem o direito de ofendê-lo por sua inclinação política. Antes, já haviam agido assim com Guido Mantega, com Haddad, com Gregório Duvivier e tantos outros, até um cadeirante petista foi agredido pela intolerância política.
É
sempre assim: membros da Ku Klux Klan se sentiam superiores aos
negros e portanto consideravam um ato de justiça divina espetar
cruzes flamejantes nos quintais das casas de negros, violentá-los e
matá-los. Nazistas arianos julgavam-se integrantes de uma etnia
melhor do que a dos judeus, sentindo-se livres para persegui-los,
colocá-los em guetos, aprisioná-los em campos de concentração e
dizimá-los em câmaras de gás.
Parte
considerável das classes média e rica incultas, insuflada por
pessoas inescrupulosas que lucram com esse jogo político de
satanização do PT, engrossam as fileiras do fascismo e do
fundamentalismo político. Não demora se sentirão confortáveis
para ferir e matar petistas.
Esse
imbecis são movidos por um sentimento profundo de certeza absoluta
de que o PT é o problema do Brasil. Se o PT não tivesse chegado ao
poder em 2003 certamente seríamos hoje a nação mais poderosa do
planeta, sem um único caso de corrupção, sem violência e com
todos os problemas sociais resolvidos.Claro que isso não ocorreu de
1500 a 2002, quando fomos governados ininterruptamente por
representantes da elite rica, mas para eles não há dúvida alguma
de que teria ocorrido se FHC tivesse conseguido eleger o candidato do
PSDB em 2002.
Que
fiquem com seus delírios de asnos, mas não esqueçam jamais daquela
verdade física: para toda ação corresponde uma reação contrária
com idêntica força.
Os
antipetistas estão esticando demais a corda. Isso pode não dar bom
resultado.
Mas,
esperar o quê de cabeças-de-bagre? Tivessem simpatia pela esquerda
e seriam medidos por uma régua formada por pessoas como Chico
Buarque ou Luis Fernando Veríssimo. Mas não são, então sua
métrica é constituída por Bolsonaros, Malafaias, Reinaldos
Azevedos, Aécios e Paulinhos da Força.
As
personalidades políticas que representam os antipetistas são os
mesmos que defendem projetos que inibem o combate à homofobia, que
estimulam o preconceito contra pobres e nordestinos, o acirramento
religioso, a proibição de pesquisas médicas, a manutenção dessa
infrutífera guerra às drogas que matou tantos brasileiros
inocentes. São os que defendem a redução das conquistas sociais,
em geral advogando o fim do bolsa-família e a redução do salário
mínimo, o que fará o pobre retornar à condição de refém do
desemprego, obrigado a submeter-se a salários de fome.
Sem
falar que o antipetismo se considera um movimento de defesa da
democracia e dos valores da república, mas aceita impassivelmente a
adesão de nazistas, homofóbicos e defensores da ditadura em suas
fileiras. Deve se tratar de uma novíssima modalidade de
democracia, aquela que extingue a participação popular nas decisões
e desrespeita as minorias.
Esse
é o modo antipetista de ser. Patrulhamento, ódio e fundamentalismo.
São os arquitetos do atraso social.
Do
lado de cá temos Chico Buarque, sua história e sua obra
intelectual. Do lado de lá o neto desconhecido de um milionário
fracassado, sem história, sem obra e sem intelectualidade, que vive
de farra e ostentação.
Precisa
falar mais alguma coisa? Acho que não.
Análise perfeita!
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