Muitas
pessoas creem, com verdadeira fé, que Deus criou o ser humano e o colocou nesse planeta
com o objetivo de crescer e se multiplicar indefinidamente. Esse
pensamento religioso vem sendo propagada por séculos e
séculos.
Não
cabe duvidar da sinceridade de quem acredita, fervorosamente, que
Deus deu à humanidade superioridade e domínio sobre todos os outros
seres. O problema é que essa crença se tornou um forte motivo para
a destruição de diversos ecossistemas mundo afora. Afinal, se
possuímos o direito divino de nos reproduzirmos sem limites,
precisamos de todos os espaços possíveis e pouco importa o destino
de florestas e animais. Eles existem para nos servir.
Na
medida do possível, a opinião do outro deve ser respeitada. Não é
possível, contudo, respeitar opiniões de quem fecha os olhos para o
estrago já produzido pela humanidade. Como é possível defender,
com seriedade, que o mundo ainda comporta mais pessoas? Não se pode
respeitar uma opinião assim porque é irracional, não é
inteligente.
Pensamentos
assim são capazes de nos conduzir ao extermínio completo ou, numa hipótese
menos catastrófica, supondo-se algum milagre científico salvador,
implicar uma redução brutal no número de pessoas e a extinção
da maior parte das demais espécies.
Não
cabe respeitar quem pensa que temos esse direito. O
respeito à opinião do outro encontra-se restrita àquela que, contrária ou não à nossa própria, possua fundamento e densidade
racional a ampará-la.
Que
respeito merece a ideia louca de um indivíduo que deseja explodir
uma bomba atômica na cidade, alegando ter recebido “mensagem
divina” que assim determina? Nenhuma.
Pensamentos
equivocados devem ser combatidos ou, no mínimo, ignorados.
Não
merecem respeito.
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