O
bolsa-família beneficia 13,8 milhões de famílias e conta com um
orçamento de R$ 21 bilhões, o que corresponde a cerca de 0,49% do
PIB e a 0,92% do orçamento federal total.
56%
do dinheiro do bolsa-família retorna aos cofres públicos na forma
de impostos sobre o consumo, o que faz o gasto real do governo ser
reduzido a cerca de 9,24 bilhões de reais ou 0,4% do orçamento
federal.
Descontado
o retorno em impostos, é como se alguém que receba salário de mil
reais doasse 4 reais por mês a alguém necessitado.
O
bolsa-família registra pouco menos de 5% de fraudes em sua
concessão, o que significa que, em cada 100 reais destinados ao
programa, 5 são fraudados e 95 beneficiam os miseráveis que
necessitam do dinheiro. Em dinheiro, significa que 20 bilhões de
reais atingem o seu objetivo e um bilhão vai para pessoas que não
necessitam. Só que, desse um bilhão desviado, 560 milhões voltam
aos cofres na forma de impostos. Então, o valor real da fraude é de
440 milhões.
A
conta, então, é essa: por ano, o governo beneficia cerca de 14
bilhões de famílias com 21 bilhões de reais, ao custo real de
pouco mais 9 bilhões de reais. Do total disponibilizado pelo
programa 440 milhões acabam no patrimônio de pessoas que não
necessitam, o que corresponde a, de fato, 2% do orçamento total do
programa.
Dados
os números, como defender a pura e simples extinção de um programa
como o bolsa-família, que consome apenas 0,4% do orçamento total
federal e beneficia tantos pobres, por causa de 2% de prejuízo
efetivo para o governo? Não seria mais adequado propor melhorias na
fiscalização?
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