terça-feira, 2 de julho de 2013

Fatos sobre o bolsa-família



O bolsa-família beneficia 13,8 milhões de famílias e conta com um orçamento de R$ 21 bilhões, o que corresponde a cerca de 0,49% do PIB e a 0,92% do orçamento federal total.
56% do dinheiro do bolsa-família retorna aos cofres públicos na forma de impostos sobre o consumo, o que faz o gasto real do governo ser reduzido a cerca de 9,24 bilhões de reais ou 0,4% do orçamento federal.

Descontado o retorno em impostos, é como se alguém que receba salário de mil reais doasse 4 reais por mês a alguém necessitado.
O bolsa-família registra pouco menos de 5% de fraudes em sua concessão, o que significa que, em cada 100 reais destinados ao programa, 5 são fraudados e 95 beneficiam os miseráveis que necessitam do dinheiro. Em dinheiro, significa que 20 bilhões de reais atingem o seu objetivo e um bilhão vai para pessoas que não necessitam. Só que, desse um bilhão desviado, 560 milhões voltam aos cofres na forma de impostos. Então, o valor real da fraude é de 440 milhões.
A conta, então, é essa: por ano, o governo beneficia cerca de 14 bilhões de famílias com 21 bilhões de reais, ao custo real de pouco mais 9 bilhões de reais. Do total disponibilizado pelo programa 440 milhões acabam no patrimônio de pessoas que não necessitam, o que corresponde a, de fato, 2% do orçamento total do programa.
Dados os números, como defender a pura e simples extinção de um programa como o bolsa-família, que consome apenas 0,4% do orçamento total federal e beneficia tantos pobres, por causa de 2% de prejuízo efetivo para o governo? Não seria mais adequado propor melhorias na fiscalização?

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