segunda-feira, 15 de julho de 2013

A cegueira voluntária


O fenômeno da "cegueira voluntária" ocorre quando a pessoa, de forma consciente ou em um nível subconsciente, mente para si mesmo e para os outros sobre a realidade por ela própria testemunhada. Trata-se da vontade de não ver o que está na sua frente.
Esse fenômeno aparentemente é que está acometendo certas pessoas que insistem em não enxergar a evidente melhoria da renda média dos brasileiros. É tanta a vontade de se opor ao governo do PT que preferem ser cegas, recusando-se a admitir que o país, hoje, disponibiliza aos cidadãos mais emprego e com melhor renda.
Um jornal noticia que o número de domicílios com carros no Brasil praticamente dobrou nos últimos vinte anos, saltando de 23% para 40% do total de moradias. Para cada dez moradias, quatro possuem ao menos um carro na garagem. Sinal claro de melhoria na renda. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos noventa por cento das residências possuem pelo menos um veículo.
Não é ecologicamente correto apoiar o crescimento do número de veículos transitando nas ruas, que é evidentemente prejudicial ao meio-ambiente e particularmente ao seres humanos. Afinal, fora a poluição ambiental, quem não fica estressado ao permanecer preso num congestionamentos?
O dado é utilizado apenas para demonstrar a sensível melhora do poder aquisitivo do brasileiro médio.
Tampouco cabe a cegueira voluntária inversa, ou seja, a recusa a enxergar as mazelas do governo, que são muitas e enormes. Todavia, deve ser dissipada a ideia maniqueísta ao extremo de que tudo de ruim provém do PT e dele nada de bom existe a apresentar. A trajetória do PT no governo apresenta coisas ruins e coisas boas. Não é assim mesmo que as coisas são? Teria sido diferente com o PSDB ou com os governos anteriores?
É prejudicial para o país o antipetismo histérico e irracional.
O que de melhor poderia ocorrer para o Brasil seria uma reforma política profunda, abissal, que alterasse por completo as regras que estão colocadas e que, na prática, servem ao propósito de beneficiar salafrários.
Pouco, ou nada, adianta "fulanizar" a revolta e pedir a cabeça dessa ou daquela pessoa. A contaminação política é geral e a decapitação de um meliante político gerará meramente sua troca por outro, talvez pior ainda. A corrupção política é como uma Hidra de Lerna. Se arrancada uma cabeça, nascem duas no lugar.
As ruas devem exigir uma reforma política ampla. A chance da constituinte exclusiva foi perdida, massacrada pelos pés dos que possuem interesse em que tudo permaneça como está. Então, que as ruas clamem por uma emenda constitucional verdadeira, que mexa com as estruturas.
Perfumaria, não!

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