segunda-feira, 22 de julho de 2013

Presidente ou presidenta? Quanta bobagem.


A infantil questiúncula sobre a adoção, pela Dilma, do designativo "presidenta" em lugar de "presidente" extrapola o âmbito da gramática oficial. A gramática oficial do Brasil aceita o uso do termo.
Ainda que assim não fosse, palavras se modificam ou são inventadas no curso da história. Acentuações foram extirpadas da língua portuguesa há pouco tempo. A língua é dinâmica, aceita inovações introduzidas pelo povo, que é o único e verdadeiro dono da língua.
A língua falada é sempre mais forte e acaba se impondo, determinando a modificação do que é considerada a língua culta. A norma culta invariavelmente termina por dobrar os joelhos ao uso corrente. Não fosse assim e ainda se falaria latim ou estaria em uso palavras como "vossa mercê", transformada em "vosmecê" e, finalmente, em "você"
Ocorre que a Dilma, de forma brilhante, resolveu valorizar a mulher, acentuando a importância feminina em todos os âmbitos da atuação humana, inclusive, e principalmente, na política.
"Presidenta" não guarda relação com ignorância sobre a língua culta. Só um idiota acredita que Dilma não possui domínio sobre o uso correto do vernáculo. A inovação por ela trazida guarda relação com um conhecimento profundo sobre a influência dos usos e costumes sobre o imaginário popular.
Ao se afirmar "presidenta do Brasil", Dilma feminiliza a função e passa uma mensagem a todas as mulheres do Brasil e do mundo de que elas são capazes de assumir mesmo as maiores responsabilidades, como dirigir uma país com as dimensões e a relevância do Brasil.
Como diria o Obama: Yes, you can, women.
Presidenta não é uma palavra errada, mas um correto símbolo de afirmação feminina.

Um comentário :

  1. Com suas ações será se a Dilma valoriza mesmo a mulher?
    Entendo que as palavras mudam com tempo - mas seria muito mais bonito o povo chamar a Dilma de presidenta, como forma de elogiá-la, reconhecendo seus feitos pelas mulheres, etc., do que ela mesmo querer se fazer um auto-elogio e inventar esta palavra. Absurdo! Coisa de marketing! Com este feito ela não valoriza a nossa língua, nem a educação. Queria aparecer e conseguiu! Parabéns PresidentA - Vê se agora faz algo digno para as mulheres de nosso país!!!

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