Nesse
momento, Haddad materializa a única opção antifascista que o
Brasil possui. As instituições, com STF com tudo, não demostram
possuir, como não tiveram no passado, a força moral necessária
para, em sendo eleito o fascismo, segurar essa barra. Se o
autoritarismo vencer, serão engolidas. Felizmente para nós, há uma
ampla probabilidade da única candidatura antifacista remanescente,
amanhã, dia 28 de outubro de 2018, ser eleita para a presidência da
República. Em que pese as aparências e o pensamento dominante na
opinião publicada, hoje as chances de Haddad são maiores do que as
do adversário.
Profecia?
Wishful thinking? Sim, mas também uma conclusão racional a que se
chega a partir dos elementos dados. A bússola fática orienta para
esse norte em detrimento da candidatura adversária. Por que digo
isso? Porque a “boca de jacaré” das pesquisas eleitorais começou
a se abrir em favor de Haddad e, em princípio, não há mais tempo
para o surgimento de uma nova “onda” pró-fascismo.
Além
disso, a maré “stevebannoniana” das “fake news” minguou
severamente no final do segundo turno, não sendo mais capaz de dar
suporte fraudulento ao mito que ocultou a verdadeira natureza do
perigo fascista. Em paralelo, firmou-se definitivamente em favor da
candidatura do PT a opção eleitoral dos setores mais
intelectualizados que, nessa condição, são formadores de opinião.
Reitores de universidades, representações de diversas categorias
(psicanalistas, bibliotecários, publicitários, professores,
estudantes, escritores, editores, livreiros, sociólogos, filósofos,
antropólogos e outras), entidades suprapartidárias e
representativas de diversas religiões se posicionaram
majoritariamente contra as ideias autoritárias e violentas do
fascista e seus correligionários.