quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Desarmando o espírito



                               publicado no WhatsApp em 05/10/2018, por Marcio Valley
Estamos nas vésperas do primeiro turno da eleição de 2018. Talvez o escrutínio presidencial mais acirrado da história nacional.
É hora de desarmarmos nossos corações. A decisão sobre em quem votar certamente já foi tomada de forma irreversível. Nessa hora, constitui um dever ético de cada um de nós o respeito ao direito democrático de opção pelo candidato que ao outro parece representar o próprio anseio.
O momento da tentativa de convencimento está ultrapassado. As escolhas estão cristalizadas no espírito de cada um de nós.
A hora da retórica e do convencimento acabou. Agora, cabe a cada um de nós entender que o outro não é um representante do mal, mas apenas alguém que interpreta o bem social de um modo distinto.
Nenhum de nós é a favor da corrupção, da miséria ou da criminalidade. Apenas compreendemos a solução sob olhares distintos.

Nesse momento, devemos exercitar a sensatez, a tolerância e o comedimento.
Somente um candidato será eleito.
O espírito democrático exige o respeito ao veredito das urnas.
Se o meu candidato não for eleito, há um imperativo ético-moral que nos obriga, a todos, aceitar a voz das urnas.
Os candidatos são muitos, mas o país é um só. Todos nós estamos nele e somos passageiros do mesmo destino. O naufrágio não escolhe eleitores, sacrifica a todos.
Se o candidato eleito for diferente do seu, torça para que seja ele um mandatário abençoado. O sucesso ou o fracasso do governo pode e provavelmente será o seu próprio sucesso ou fracasso.
Boa sorte àquele que for ungido pelas urnas. Torcerei por ele, com ou sem o meu voto.

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